Estradas infinitas... Olá pessoal, aqui em nosso 6º de expedição pela América do Sul vamos relatar a ida até Salta que são 842 km, é uma cidade com pouco mais de 500 mil habitantes que fica no noroeste Argentino em uma região montanhosa, nas proximidades da Cordilheira dos Andes. Saímos de Corrientes por volta das 9:00 da manhã, já na travessia da Puente General Manuel Belgrano que faz a travessia pelo Rio Paraná, pegamos um pedágio na sua descida e este dá acesso a cidade de Resistência, dai seguimos pela Ruta 9 e sentido Roque Saez Peña, o calor estava demais já logo cedo tínhamos que ficar com o ar ligado, não tinha uma nuvem no céu e o sol ardia mesmo. Seguimos por um trecho que está em obra, estão duplicando a rodovia, então em alguns trechos a velocidade era bem reduzia, mas adiante nada de obras e pudemos acelerar um pouco. Quando chegamos em Saez Peña completamos o tanque pois dai para frente os postos ficam cada vez mais longe um do outro e a possibilidade de chegar neles e não ter Nafta Super (nossa gasolina aditivada) era grande. Logo no que saímos do posto entramos na Ruta 16, uma estrada que parece cena de filme, retas infinitamente grandes, com alguma vegetação baixa dos lados e nenhum volume de transito, trafegamos em alguns trecho mais de 50 km sem avistar um carro. O lugar é muito remoto, a pista não tem acostamento, apenas uma área de mato cortado, porém bem tranquilo para parar o carro. Neste inicio da Ruta 16 começamos a avistar algumas borboletas pelo caminho, mas de repente elas começaram a surgir mais e mais na estrada, até que chegou um momento que passaram de dezenas para centenas e depois para milhares delas, foi inusitado a quantidade de borboletas, o vidro do carro ficou todo pintado de borboletas que colidiam contra. Além das milhares de borboletas, começaram aparecer pássaros na estrada, logo percebemos que eles ficavam na pista para comer as borboletas mortas, até cheguei a brincar daqui a pouco são pássaros batendo no parabrisa. Andamos mais um pouco e avistei na pista contrária um pássaro morto, e comentei com a Dayse, aquele ali levou azar...mas parecia premonição, não rodamos mais que 1 km e um monte de pássaros na rua, e como estávamos à uns 140km/h a colisão foi inevitável, matamos um, e mais para frente outro, e depois outro. Não bastassem as milhares de borboletas agora pássaros...rsrsrs. Quando programamos esta viagem, vimos nos mapas que as retas seriam longas neste trecho, mas não tão longas quanto realmente são, é incrível a qualidade do asfalto e o quanto elas somem de vista, e quando você pensa nossa enfim uma leve curva, lá vem outra reta quase que infinta, chega a ser engraçado, parece que o carro anda, anda, e anda e nunca sai do lugar, pois a paisagem é praticamente igual.E Eu e a Dayse revesamos a direção neste trecho, e por muito azar dela, pegou um trecho de 80 km de estrada não tão boa, com alguns buracos, em um deles, ela desviou e quase saímos da pista, foi um susto, mas nada demais. Quase chegando em Taco Pozo vimos que precisava abastecer por segurança, mas chegando no posto, nada de combustível, logo a frente outro posto e a noticia foi a mesma, olhamos um para o outro e pensamos, será que vamos ficar sem nafta ? Mas por sorte tínhamos abastecido em Saez Peña e isso nos deu uma autonomia para chegar em uma outra cidade que não me recordo e lá pudemos completar o taqne. As cidades nesta região são como cidades dos filmes de velho oeste, empoeiradas, com pouca ou quase nada de infra estrutura, são na verdade pequenos vilarejos ao longo da estrada. Em uma delas porcos passeavam pela rua no meio do transito. No primeiro posto que não tinha nafta encontramos um rapaz com uma moto KTM toda equipada, e ele estava vindo da Europa, como ele fez isso não sei...mas veio se aventurar em terras sul americanas. Quando começamos a nos aproximar dos 600 km rodados, as nuvens começaram aparecer, até o ponto de fechar o céu e despencar um temporal, foi algo rápido coisa de 5 minutos, logo depois desta chuva avistamos as primeiras montanhas (ficamos felizes) pois a paisagem do Chaco é bonita, mas não é nada comparado as montanhas. Ficamos empolgados e logo tratamos de parar e tirar umas fotos. A dúvida era, será que é o inicio da cordilheira ? Mas acredito que não, na verdade saberemos isso amanhã... Quando terminamos esta estrada, entramos em uma rodovia de mão dupla, que parecia dos sonhos, perfeita, com pouco transito, alguns caminhões e carros e muita paisagem bonita, cercada de motanhas e belos vales. Logo avistamos placas indicando que Salta estava próximo. Mais um pedágio e mais a frente uma Rotonda (rotatória) que dá acesso a cidade de Salta e Cafayate. Chegando na entrada da cidade de Salta avistamos alguns cactos gigantes. Entramos por uma avenida que dá acesso a praça do teleférico, que é ponto turistico de Salta. O GPS nos guiou até o Hotel Íris, e mais uma vez sorte, tinha vaga e é um otel bem aconchegante e de preço razoável, pagamos o equivalente a R$ 108,00. Nos acomodamos em tratamos de ir jantar, afinal tinham sido 10 horas de estrada. Saímos a pé e fomos jantar no La Rínconada, que fica na Av. San Martim. foi indicação do hotel. Pedimos um bife de chorizo, um tralharim ao molho de quatro queijos e um vinho aqui da região mesmo, foi um jantar muito saboroso, estava uma delicia. E o melhor é o preço, R$ 55,00 por uma refeição com vinho para duas pessoas. comer é algo barato por aqui. E assim terminamos nosso 6º dia de viagem...vamos descansar que amanhã vamos explorar as belezas de Salta. Abaixo algumas fotos do nosso dia na estrada. E mais um vídeo também ( estou com dificuldade em postar os videos devido a internet ser lenta neste hotel) Abraços e fiquem com Deus.... Mauricio e Dayse